Lula critica manutenção de poder na CBF, mas culpa federações por problema
por redação do ESPN.com.br
A pouco menos de dois anos de encerrar o seu segundo mandato como presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre a continuidade de poder nas entidades que comandam o esporte do país, cutucou o eterno mandatário da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, e lembrou seu passado a favor da alternância de governo, ainda como metalúrgico.
"Olha, eu fui eleito presidente do Sindicato [dos Metalúrgicos] de São Bernardo em 1975 e fui candidato à re-eleição em 78. Eu tomei posse no dia 24 de abril de 1978 e nesse mesmo dia eu decidi, em assembléia, que nenhum presidente poderia ser presidente mais do que dois mandatos", afirmou em entrevista exclusiva ao programa Bola da Vez, da ESPN Brasil, levado ao ar no último sábado, 24/01. Clique no player acima e assista ao trecho 'crítica à manutenção de poder' da conversa.
O caso de mais destaque de continuísmo de poder no esporte nacional, até pela importância, é o da entidade que controla o futebol. Quando o atual chefe da nação concorreu (e perdeu) pela primeira vez ao cargo, em 1989, o mandachuva da CBF já era o mesmo de hoje. E enquanto Lula teve de participar de mais três pleitos (1993, 1998 e 2002) para chegar ao seu objetivo, Ricardo Teixeira seguia tranquilamente em seu trono.
"Eu acho que a alternância de poder é extramente importante para as instituições que são dirigidas por alguém eleito e gostaria que nos clubes de futebol e nas associações de vila fosse assim. Agora, quem é que elege o Ricardo Teixeira? São as federações. Então, você tem 27 federações que escolhem o presidente da CBF [mais um representante de cada clube da Série A]. Bom, quem tem 27 votos para ser eleito, vai ser eleito quantas vezes quiser. É um colégio [eleitoral] muito pequeno que vira um clude de amigos", criticou Lula.
Depois de tocar na ferida, o chefe da nação mostrou por que é político e assoprou: "Agora, eu não questiono a administração de ninguém porque também não cabe a mim ficar dando palpite. Mas eu sou favorável a alternância de poder. Eu acho que alguém ficar 20 anos, 25 anos, 14 anos... Sabe, fica lá quatro anos, fica oito anos, seis anos e dá o lugar para outro. Essa alternância pode gerar uma nova dinâmica, mais motivação, mais ousadia, mais coisas para o Brasil".
ESPN360: Assista a íntegra da entrevista do presidente Lula
As palavras do presidente também têm relevância no plano político nacional, já que de tempos em tempos surgem os boatos de que Lula arquiteta nos bastidores um plano para alterar a constituição e disputar pela terceira vez consecutiva, em 2010, o mais importante posto da nação. A julgar por suas declarações ao Bola da Vez, ou a opção é falácia ou o chefe de estado brasileiro terá de se desmentir em público.
A pouco menos de dois anos de encerrar o seu segundo mandato como presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre a continuidade de poder nas entidades que comandam o esporte do país, cutucou o eterno mandatário da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, e lembrou seu passado a favor da alternância de governo, ainda como metalúrgico.
"Olha, eu fui eleito presidente do Sindicato [dos Metalúrgicos] de São Bernardo em 1975 e fui candidato à re-eleição em 78. Eu tomei posse no dia 24 de abril de 1978 e nesse mesmo dia eu decidi, em assembléia, que nenhum presidente poderia ser presidente mais do que dois mandatos", afirmou em entrevista exclusiva ao programa Bola da Vez, da ESPN Brasil, levado ao ar no último sábado, 24/01. Clique no player acima e assista ao trecho 'crítica à manutenção de poder' da conversa.
O caso de mais destaque de continuísmo de poder no esporte nacional, até pela importância, é o da entidade que controla o futebol. Quando o atual chefe da nação concorreu (e perdeu) pela primeira vez ao cargo, em 1989, o mandachuva da CBF já era o mesmo de hoje. E enquanto Lula teve de participar de mais três pleitos (1993, 1998 e 2002) para chegar ao seu objetivo, Ricardo Teixeira seguia tranquilamente em seu trono.
"Eu acho que a alternância de poder é extramente importante para as instituições que são dirigidas por alguém eleito e gostaria que nos clubes de futebol e nas associações de vila fosse assim. Agora, quem é que elege o Ricardo Teixeira? São as federações. Então, você tem 27 federações que escolhem o presidente da CBF [mais um representante de cada clube da Série A]. Bom, quem tem 27 votos para ser eleito, vai ser eleito quantas vezes quiser. É um colégio [eleitoral] muito pequeno que vira um clude de amigos", criticou Lula.
Depois de tocar na ferida, o chefe da nação mostrou por que é político e assoprou: "Agora, eu não questiono a administração de ninguém porque também não cabe a mim ficar dando palpite. Mas eu sou favorável a alternância de poder. Eu acho que alguém ficar 20 anos, 25 anos, 14 anos... Sabe, fica lá quatro anos, fica oito anos, seis anos e dá o lugar para outro. Essa alternância pode gerar uma nova dinâmica, mais motivação, mais ousadia, mais coisas para o Brasil".
ESPN360: Assista a íntegra da entrevista do presidente Lula
As palavras do presidente também têm relevância no plano político nacional, já que de tempos em tempos surgem os boatos de que Lula arquiteta nos bastidores um plano para alterar a constituição e disputar pela terceira vez consecutiva, em 2010, o mais importante posto da nação. A julgar por suas declarações ao Bola da Vez, ou a opção é falácia ou o chefe de estado brasileiro terá de se desmentir em público.
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