30 de mar. de 2009

Patrocinio ...cadê você

Times sem patrocínio culpam crise, mas negam 'marginalizar' camisa
Bernardo Lacerda, Gustavo Andrade e Thales Calipo
Em Belo Horizonte e São Paulo
Que o mercado esportivo brasileiro já não goza da mesma empolgação do passado todos os clubes já sabem. Porém, dos 11 times que começaram a temporada sem um contrato, poucos imaginavam que chegariam ao fim do primeiro trimestre sem esta valiosa fonte de receita. Apesar de admitirem os reflexos óbvios da crise financeira nesta situação, nenhuma das equipes sem apoio admite "marginalizar" o seu uniforme.

PATROCÍNIOS NA SÉRIE A
Atlético-MG n/d
Atlético-PR n/d
Avaí Pauta Distrib.
Botafogo Liquigás
Corinthians Batavo
Coritiba Positivo
Cruzeiro n/d
Flamengo Petrobras
Fluminense Unimed
Goiás Neo Química
Grêmio Banrisul
Grêmio Barueri Embratel
Internacional Banrisul
Náutico Hipercard
Palmeiras Samsung
Santos Semp Toshiba
Santo André Netshoes
São Paulo LG
Sport Cim. Nassau
Vitória n/d

LISTA AINDA PODE AUMENTAR
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Dessa forma, sem a intenção de fechar um acordo com uma empresa qualquer ou por um valor irrisório, os clubes afirmam que até poderão continuar jogando com a "camisa limpa", mesmo que isso represente um desfalque no orçamento. Cruzeiro, Atlético-MG, Atlético-PR e Vitória, entre os 20 participantes da Série A do Campeonato Brasileiro, estão nesta situação.

"Não tem aquém ou além para o Atlético. Nós temos um valor para a camisa, que se alguém oferecer passa a ser o patrocinador. Se as propostas não atenderem às intenções do clube, ficaremos sem patrocínio", afirmou Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG, e responsável pelas negociações desde que decidiu demitir todo o seu departamento de marketing, em novembro do ano passado.

"Não vamos marginalizar nossa camisa. Além da questão financeira, temos de ver qual patrocinador irá se atrelar a nossa marca. Não pode ser uma empresa qualquer. Tem de avaliar os benefícios para ambas as partes, para que haja uma valorização das marcas", acrescentou Henrique Gaede, membro do Conselho Administrativo do Atlético-PR e, atualmente, responsável pelos assuntos relacionados a patrocínios no clube.

Mesmo sem revelarem quanto pretendem ganhar por ano com um novo patrocínio, Cruzeiro e Atlético-MG querem superar os cerca de R$ 6 milhões que ganhavam, respectivamente, da Fiat e da construtora Tenda em 2008. Já o Atlético-PR, que busca um parceiro desde o início de abril do ano passado, quando a Kyocera deixou o clube, espera ultrapassar a barreira dos R$ 3 milhões.

Entre os clubes sem patrocínio, o que está mais próximo de deixar o grupo é o Vitória. Mesmo com a crise financeira mundial, os dirigentes baianos estão com uma negociação avançada com uma multinacional do ramo de bebidas e, apesar de não revelarem valores, deverão ter um aumento de 100% referente ao que era pago pela Fiat em 2008, saltando assim de R$ 1,5 milhão para R$ 3 milhões anuais.

"Temos três propostas concretas, sendo que uma delas já existe uma carta de intenção. Agora estamos obedecendo alguns trâmites de aprovação, pois como é uma verba maior, não depende da regional, precisa ser aprovado pela matriz", explicou Ricardo Azevedo, diretor de marketing do Vitória.

Quem também espera fechar um contrato até o próximo mês é o Cruzeiro. Depois de ter seu nome atrelado a inúmeras empresas, a LG, que já tem acordo com o São Paulo, começou a ganhar força nos bastidores do clube. Fala-se, inclusive, que a empresa iria desembolsar R$ 8 milhões por ano. A diretoria, no entanto, não confirma nenhuma das informações.

"Estou conversando agora mesmo com uma empresa, estamos buscando contatos, mas não temos nenhuma posição para dar sobre o patrocínio. Ainda não tem nada decidido, está tudo em aberto", disse Antonio Claret, diretor de marketing do Cruzeiro.
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